sábado, 1 de maio de 2010

BARILOCHE




É engraçado porque, como se trata de uma viagem manjada no Brasil, as pessoas não se empolgam quando vc conta. Porém, eu imagino que muitas pessoas não aproveitam intensamente o local. Ainda mais porque a maioria vai no inverno, quando é muito bom para esquiar, mas muito ruim para outras coisas, por causa do frio. Como esquiar não me dá nenhum tesão, resolvemos ir no outono, fora de temporada. Além disso, como vcs podem ver, foi uma viagem altamente gastronômica.
O hotel em que ficamos se chama Hosteria Tirol, um hotel de gestão familiar muito bom pelo preço, altamente recomendável. O nosso quarto era muito confortável e tinha vista para o lago.


Dia 3: chegamos a Bariloche no início da tarde. Estava uma ventania gelada infernal, o que nos impediu de visitar os teleféricos e os passeios de van já estavam lotados, por isso passeamos pela cidade, compramos alguns casacos mais fortes e visitamos a Catedral. A cidade está instalada às margens do Lago Nahuel Huapi, um mega lago que é o maior da região, dentre muitos outros que existem por lá. À noite, fomos comer fondue de queijo. Uma observação sobre as bebidas: é estranho pq em todos os lugares o refrigerante e a água mineral são caríssimos e os vinhos são bons e extremamente baratos, logo a consequência: o alcoolismo :). Todo santo dia bebendo vinho à noite – que sacrifício...


Dia 4: Fizemos o passeio ao Cerro Tronador, um glaciar , ou seja, um local onde há gelo e neve eterna, passando por alguns lagos no caminho, sendo principal o Lago Mascardi e pela Cascada Los Alerces. O seu degelo rola pela encosta do morro, fazendo estrondos e formando uma espécie de geleira misturada com terra, que é chamada de Ventisquero Negro. Fizemos o almoço em Pampa Linda, de onde se parte para o Paso de Las Nubes, uma trilha de 2 dias nos Andes, que estava interditada devido às chuvas prévias. Um dia, a intenção é de fazer essa bela trilha para observação de glaciares. À noite, fomos comer um cordeiro assado no Boliche de Alberto, um restaurante muito recomendável.




Dia 5: Na minha opinião, fazer um passeio de barco em Bariloche é indispensável, mas infelizmente as pessoas que vão para esquiar não conseguem fazê-lo,m por causa do frio. Escolhemos então o passeio para Isla Victoria. O passeio é muito interessante, pois é acompanhado o tempo inteiro por gaivotas que estão atrás dos biscoitos que as pessoas dão. Não sei exatamente se isso faz mal pra gaivota, é uma coisa a se pesquisar, o que eu sei é que realmente é muito bonito fotografar isso. O passeio culmina num bosque de Arrayanes, que são árvores cor de canela raras que só ocorrem em grande quantidade lá. À noite, fomos a um restaurante de inspiração suiça chamado Família Weiss, o melhor que conhecemos lá, para comer uma truta, junto com nosso novo amigo, um indiano que haviamos conhecido em Buenos Aires, de nome impronunciável, em sânscrito.




Dia 6: Nesse dia, fizemos um dos passeios mais bonitos dessa viagem, a ruta de los siete lagos, uma viagem até San Martin de Los Andes passando por 7 lindos lagos. Um passeio longo, mas que vale a pena pelas paisagens multicoloridas, em verde, amarelo e vermelho nas árvores, como consequência do outono. Ao chegar a San Martin, nos regozijamos com a vista do Lago Lácar, em cujas margens se encontra a cidade. O local é lindíssimo, uma cidade toda construída em arquitetura de montanha, que mereceria uma visita mais prolongada. Mas como ainda tínhamos chão para voltar, ficamos lá por 2 horas e regressamos por Confluência, através da estepe patagônica, passando por montanhas e rios. Enfim, o passeio é um resumo da patagônia. À noite, retornamos ao Família Weiss para comer uns belisquetes.



Dia 7: Nesse dia completamos a tríade montanha-barco-van indo ao teleférico do Cerro catedral e do Cerro Otto. Nós tivemos muita sorte, porque nessa época não neva, mas nevou nas montanhas 1 dia antes de chegarmos, por isso pudemos ver e até brincar com a neve no alto do morro, que tem uma vista estupenda da região. A Jaque adorou me tacar bolas de neve, mas depois de um tempo ficamos cansados e molhados. Sorte que não estava tão frio, por causa do sol.
No cerro Otto, almoçamos na confeitaria giratória um sanduíche de bife a milanesa imenso, por isso não conseguimos jantar. Eu nunca tinha visto um local que tivesse vista 360 graus, em que ninguém pudesse reclamar do seu lugar, pois a paisagem está sempre mudando, muito interessante.



Dia 8: depois de tantos passeios e vinhos, achamos melhor só descansar e comprar uns chocolates. À tarde, viajamos de volta para BA, após uma 3a remarcação da famigerada Aerolineas Argentinas. Essa companhia consegue ser pior do que as nossas, horrorosa e cara. A pior coisa na argentina são as companhias aéreas.


No próximo texto eu vou completar a viagem, com os últimos momentos em BA.

Um comentário:

  1. Vladimir-cunha@hotmail.com1 de março de 2013 às 12:21

    Você poderia me passar uma noção do custo dessa viagem?

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